sábado, 6 de junho de 2009

Movimento Ecológico Revolucionário - MER
CONSTRUIR UM NOVO
MOVIMENTO ECOLÓGICO
É URGENTE E NECESSÁRIO.

Tudo que necessitamos para nossa sobrevivência é retirado da natureza. Com esse argumento o homem está, a cada dia mais, destruindo a nossa maior casa, o planeta terra. Os rios são poluídos; os mares são transformados em depósitos de esgoto e as matas são destruídas para dar lugar as monoculturas e a criação de gado; as monoculturas poluem os solos e as águas, por causa do uso intensivo de agrotóxicos; em nome do avanço tecnológico, as multinacionais agrícolas, chegam a desenvolverem plantas super resistentes a agrotóxico, como no caso da soja transgênica, para resistir a doses cada vez crescentes desses venenos.
Para quem não sabe, os agrotóxicos tão usados na agricultura convencional, são resultantes de combinações de moléculas mortíferas, bastante utilizada durante a segunda guerra mundial para retirar vidas humanas. O resultado do uso intensivo desses agrotóxicos – como mostram estudos científicos – o numero de pessoa com câncer aumentou assustadoramente depois da década de 70, época essa, em que os agrotóxicos foram mais usados.
A destruição das matas chegou a tal ponto, que hoje, somente restam 4% da Mata Atlântica em Alagoas, sem se falar na destruição da Floresta Amazônica. Juntos com esses 96% das matas destruídas, foram embora muitas espécie de animais e plantas da biodiversidade que jamais poderão ser recuperadas e que poderiam ser muito importantes para nós e para o futuro da humanidade. Estas matas ao serem destruídas deixam os solos desprotegidos, provocando o assoreamento dos rios e por conseqüência causam as enchentes nas cidades, destruindo casas e deixando milhares e milhares de pessoas desprotegidas sem ter onde morar.
A temperatura media do planeta aumenta a cada ano, causando o descongelamento das geleiras no pólo norte, fazendo com que os mares avancem terra adentro e provoquem grandes inundações e destruições. O crescente aumento da temperatura terrestre é resultado de uma industrialização inconseqüente que, além de poluir o ar que respiramos, poluem cada vez mais os nossos mares e rios. Um exemplo claro dessa poluição ambiental temos aqui em Alagoas: em época de moagem, as usinas de cana-de-açúcar despejam seus resíduos industriais a céu aberto como fertirrigação, transferindo um mau cheiro insuportável para as pessoas que trafegam nas rodovias que cortam os canaviais. Mas, quem mais sofre com essa poluição são as populações circunvizinhas aos plantios de cana-de-açúcar, que são vítimas, e não podem reclamar para não serem desempregadas, pois, suas vidas dependem do trabalho nessas usinas de açúcar e álcool.
Então, como forma de garantir a preservação do nosso planeta e consequentemente da nossa vida, é preciso nos organizar e juntar todas as nossas forças para combater essa destruição ambiental que estamos assistindo. Ao mesmo tempo, é preciso termos na consciência que somente a construção de um novo modelo de sociabilidade será suficiente para combater esta destruição provocada pela ganância pelo lucro, tão importante sustentáculo do sistema capitalista. Portanto, conclamamos a população em geral, para juntos construirmos a luta em defesa a natureza e para construção de uma nova sociedade, sociedade esta que tenha como princípio fundante a igualdade, a solidariedade, a justiça e o direito ao meio ambiente despoluído e preservado.

Povoado Lagoa da Volta, Porto da Folha-SE, 19 de agosto de 2006.
Havião